domingo, 27 de maio de 2018

Contos e Lendas

Os textos abaixo mostram como foi a experiência etnográfica de ir a campo e coletar dados históricos da lendas locais, através de filme e de entrevista com texto. Abrangeram para além das lendas locais do Vale do Mamanguape as cidades de Guarabira e suas cercanias.

Texto de Acssa Pricilla

Fui até a casa do sr. João Barbosa Sores, pedreiro já aposentado que vive com sua esposa dona Josa, como é chamada por todos e até por ele mesmo. Ambos são meus avôs e tive essa brecha de confiança para tal entrevista. Falei com ele algumas semanas antes sobre o assunto e ele me contou que sabia de uma história. “Lembro de uma, da ‘cumade fulozinha’! ” Disse ele saindo do quarto e vindo para sala quando me ouviu perguntar a minha avó, logo sentou na cadeira de balanço dele e começou a falar da história, mas era interrompido por minha avó que dizia que era mentira. “ Deixa disso João, dessas ‘cunverça’ Isso é tudo mentira! ” Disse ela sacodindo um pano de prato e indo para cozinha ao que meu avô nem ligou e voltou a me contar, perguntei para ele se ele gostaria de gravar em vídeo e ele quis saber para que seria e expliquei que era um trabalho da universidade e ele concordou, marcamos o dia.
No dia 15 de abril as nove da manhã cheguei na casa dos meus avós, eles moram aqui mesmo na cidade de Guarabira, onde também resido. Minha avó estava lá e meu avô havia acabado de chegar, ele não disse onde, talvez da praça onde conversa com as pessoas do bairro. Ele estava bem arrumado e cheiroso, mais que o normal, pude notar que ele se ajeitou para entrevista. Minha avó disse que não queria aparecer e iria ficar quieta, mas iria ficar do lado. Comecei a montar o tripé para apoiar a câmera e eles dois olhando, minha avó perguntou quanto custou o tripé. “ Oh Acssa, isso foi quanto? ” “ 80 reais vó, comprei com o extra da aula, pro vídeo ficar bonito. ” Ah, tá quase profissional agora. ” Disse ela rindo e bebendo café ao que meu avô abanou a mão para ela ficar quieta. Montei o tripé e fiz os testes de zoom e luz, meu avô me olhava e fitava a câmera com curiosidade. A primeira gravação para ver o som ele começou a rir e sempre se preocupava de estar gravando, acho que ele esperava algum barulho da câmera. Não tive a ideia de perguntar para ele na hora. Sempre que ele olhava para câmera ele sorria, e dava gargalhadas, coisa que dificilmente vejo o meu a avô fazer, ele é muito sério e ri muito pouco. O jeito do riso dele era diferente, era nervoso e envergonhado, mas era alto. Tive que sair de detrás da câmera e ficar d elado, para ele me o olhar e não para câmera, sempre que olhava pra ela ele sorria. Ele contou sua história e depois quando terminamos pediu para tirar uma foto e depois ver o vídeo na telinha mesmo. O resultado do nosso trabalho está no vídeo postado aqui no blog, logo abaixo desse texto.


Texto de Wilson
Data 13/05/2018
Comadre Fulozinha
Ouvi falar quando eu era criança, de lá pra cá já vi ela algumas vezes perto do roçado do meu esposo, teve um dia que fui deixar o café no roçado bem cedinho, e lá perto tem uma mata e tive que passar por dentro dela, quando dei fé, ouvi um assobio bem distante, fiquei toda arrepiada pois sabia que ela tava por perto. Vi detrai duma árvore ela escondida, cabelo bem pertinho, branca quase pálida com as unhas grandes, sim e os cabelos batia nos pés dela. Depois desse dia avistei umas 3 vezes ela.”

Dona Severina silva

Texto de Alessandro 19\05\2018
A Lenda do “FORD Preto” e outros contos
Contada do por Sr. José Batista de Castro – “Zito”, 62 anos
 Na noite de 19\5\18 no bairro do juá na cidade de Guarabira o morador José Batista de Castro, mais conhecido na localidade por ‘’Zito’’, nos concede uma entrevista relatando lendas urbanas ocasionadas no referido bairro e na zona rural da cidade citada anteriormente, segundo lendas populares a botija é uma espécie de arca contendo riquezas, onde em determinado momento alguém enterrou, de acordo com a lenda da botija a pessoa que consegue encontra-la fica rica do dia para a noite, até os dias atuais ainda existe uma  espécie de misticismo em relação a lenda da botija, a loira sedutora é mencionada constantemente, as histórias estão sempre relacionadas a cemitérios e encruzilhadas e ocorrem depois da meia noite, ela vem do mundo da morte para assombrar os "galãs” de plantão que regressam da vida boêmia  lendas.  Algumas delas vivenciadas pelo próprio entrevistados e por alguns de seus familiares, no início nosso entrevistado sente-se um pouco acanhado sendo necessário algumas interversões, na oportunidade as vezes tive que repetir algo relacionado ao que o entrevistado estava relatando, para que assim se pudesse extrair o máximo de informações relacionadas as lendas, e logo ‘’zito’’ relembra de mais alguns fatos que o mesmo relata de uma forma até descontraída pois ao relatar o ocorrido nosso entrevistado não contem as risadas imaginando a aflição pela qual determinados personagens passaram, por fim ao escutar ‘’zito’’ relatando as lendas pode se relembrar de alguns personagens e lugares da cidade que hoje já não existem e ao mesmo tempo conhecer novas historias.

O filme se encontra no link: 


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